terça-feira, 26 de outubro de 2010

Com saúde e a recomendar-se.

O Porto continua com saúde e a recomendar-se. A data daquele desafio, que embora seja jogado na 10ª jornada já está a ser jogado pelo opositor desde a 4ª, aproxima-se a passos lentos e o Porto apenas perdeu 2 pontos no caminho. Espero que assim continue.
Dizem os especialistas que se o Porto conseguir ganhar ao Académica e ao Benfica o campeonato está entregue. Eu não consigo ver as coisas assim. Ainda me lembro de um campeonato, há uns poucos anos atrás, em que uma vantagem de oito pontos se perdeu em três jogos e tivemos que ganhar em Paços de Ferreira, na penúltima jornada, com um golo a uns minutos do fim, que nos deu a vantagem mínima para o ultimo jogo. Foi uma pressão que não precisávamos de ter sofrido e serviu-me de lição para os optimismos exagerados.

Gosto muito do Villas-Boas, embora pense que de vez em quando fala demais. Mas ele disse uma coisa, na conferência de imprensa do jogo com o Leiria, que me impressionou.
Afirmou ele que o seu sucesso se devia mais ao facto de estar num clube com os recursos, dimensão e jogadores do Porto, do que do seu mérito próprio. Que ele e a sua equipa técnica apenas afinavam e davam o toque pessoal à equipa, mas que era a estrutura que contava mais.
Nunca tinha ouvido um treinador dizer uma coisa destas, e que ainda por cima é verdade. Claro que é diferente ser treinador do Académica ou do Porto. Ou do Porto versus o Real Madrid. Impressionou-me a modéstia e honestidade que raramente se vê em profissionais como os treinadores de futebol.
No ano passado, nunca ouvi Jesus proferir um discurso deste género. Parecia que o facto de ele ter passado, subitamente, a ser treinador de um clube com a dimensão do Benfica, que investiu mais de 30 milhões em jogadores - para além da preciosa ajuda do Vítor Pereira e do Ricardo Costa - nada tinham a ver com o seu sucesso. Que os Di Maria, Ramirez, Saviolas e companhia, eram um palermas que sem a sua divina intervenção nada seriam, nada alcançariam. Escreveu (?) um livro, montou um espectáculo no banco de suplentes e deixou-se levar nos braços dos 6 (?) milhões.
Este ano está-se a ver. Há! Claro, já tinha esquecido. Foram os árbitros, claro!

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