sábado, 31 de outubro de 2009

A nova fase de que falava Jesualdo? Espero que não.


E pronto! Já adivinhava o corolário!
Ontem, enquanto via a primeira parte do jogo com o Belenenses, pensava que se o Académica dava réplica, fazia pressão e tentava o contra-ataque, este Belenenses era muito mais fraquinho e portanto nós estávamos a jogar ainda pior. O jogo era miserável e a equipa do Porto, por razões que desconheço, não tinha velocidade, não conseguia trocar a bola depois do meio campo, não tinha ideias, e enfim, todas aquelas coisas que fazem com que uma equipa marque golos e que chegamos a ver timidamente no início da época. Não fiquei surpreendido com o empate e não teria ficado surpreendido se tivéssemos perdido. Nós costumamos sofrer sempre golos esquisitos e não estamos actualmente com grande capacidade de reacção.
Estamos numa fase má, não há dúvida. Não me vou por a dizer mal da equipa nem do treinador, porque são os mesmos que nos têm dado quatro anos fora de série. Vou esperar calmamente que eles consigam dar a volta ao texto e ficar por cima outra vez. Estas coisas acontecem, são inevitáveis. O problema é que existem outras equipas em boa forma e outras que, mesmo estando em excelente forma não lhes é permitido escorregar. Não me importava nada de ter sido beneficiado com um "penalti de pé alto" sobre um jogador qualquer nos ultimos dez minutos do jogo ou que o Farias tivesse escorregado num centro de altas pressões na área do Belenenses e o árbitro tivesse considerado que este fenómeno atmosférico jogava pelo Belenenses...
Afinal, o que eu gostava é de ter a certeza de que neste campeonato a todas as equipas é permitido ter boas e más fases. Se não, bem podemos dizer adeus ao campeonato imediatamente, mesmo que artificialmente.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O Porto e o seu estádio.


Hoje o Porto joga com o Belenenses no Estádio do Dragão. Os azuis do Restelo estão todos contentes porque vão jogar em casa, ou seja, num recinto que vai causar muita pressão sobre o seu adversário.
Caso o Porto não consiga jogar um futebol glamoroso, logo de inicio, e falhe algumas oportunidades - como se estivesse a jogar sozinho - logo o público começará a vaiar a equipa e torná-la-há cada vez mais ansiosa e susceptível ao erro. Os adversários, claro, sabem disso e fecham-se em copas o mais tempo possível de modo que a multidão comece a enervar o Porto e aí eles atacam mais, enervando ainda mais o público e o Porto... Qualquer um consegue ver isso menos nós!
Já agora, o que é que teremos que fazer para convencer os nossos adversários de que se jogam completamente abertos e a disputar o jogo pelo jogo com o Benfica, deviam fazer o mesmo connosco? É uma questão de equidade no mercado; uma espécie de ética na concorrência. Como gostaríamos de ter equipas no Dragão a disputar o jogo pelo jogo!

A criatividade e a justiça desportiva.


Ficamos a saber pelos jornais, e agora por um especialista em direito desportivo, que Aimar poderá esperar apenas uma simples multa e isto porque – segundo Meirim – “não houve benefício para a sua equipa ou prejuízo para o adversário na atribuição final dos pontos em disputa”. Para quem sempre criticou as especificidades técnicas da justiça nos Apitos e afins é uma mostra de como a honestidade intelectual não abunda em áreas em que a paixão que é patroa.
Ficamos a saber que se pode simular grandes penalidades desde que se marquem mais golos a seguir (ou tenham marcado antes). Não interessa o carácter decisivo desse penalti, ao desequilibrar uma equipa, provocar uma expulsão, quebrar uma defesa, etc. O que interessa é que foi mais um e por isso não foi decisivo. Já no ano passado tínhamos visto isto com Di Maria e este ano, finalmente, acabou por fazer escola. Vai ser um manancial para o Benfica de Jorge Jesus e uma pouca-vergonha para os todos os outros. Nada a que não estejamos habituados!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Inicios de época.



O Porto está a começar a época como começou a época passada; a jogar mal, a tropeçar e a enervar os adeptos em casa. O Benfica está a começar a época como começou a anterior: a jogar bem, depois da primeira escorregadela, e a chegar aos lugares cimeiros. Claro que existe uma diferença. Este ano o Benfica está a jogar melhor e chegou antes ao primeiro lugar. Na verdade o Benfica é o clube que, a par com o Braga, está a jogar melhor futebol em Portugal. É uma equipa orientada para o espectáculo e isto é o melhor elogio que se pode fazer a uma equipa de futebol. Quanto ao Sporting não se percebe o que está a acontecer, ou então não se percebe como é que conseguiu os resultados dos anos anteriores.
O Porto está colado aos lugares cimeiros e se tudo correr bem por ali se manterá. Mas caso não consiga ter novamente fio de jogo, arrisca-se a qualquer coisa menos agradável. A equipa deve ser recordista mundial de falhanços á boca da baliza e isto indica maus estado psicológico e falta de confiança dos jogadores. Quanto menos jogarem em casa melhor, porque o público portista é de uma exigência que de vez em quando não é lúcida, parafraseando Jesualdo Ferreira. Quando as coisas não correm bem aos jogadores, seja por que razão for, pressioná-los com assobios e impropérios que não são o melhor factor motivacional. Claro que não somos os únicos a faze-lo – o Luisão nem deve acreditar na recepção de que é alvo, pela primeira vez na sua carreira no clube - mas penso que é um atestado de estupidez que passamos a nós mesmos. Jogar em casa deve ser um deleite para os jogadores, um local onde serão apoiados e acarinhados pelos seus adeptos. Mas, desde há um ou dois anos, o Dragão converteu-se no local a evitar para a equipa portista quando não estão na melhor forma. Pelo menos fora de casa não são tão assobiados…
Quanto ao Benfica, assiste-se a uma “vontade nacional” em o sagrar campeão, o que aliado á sua boa forma e inegável bom futebol, o tem tornado invencível cá dentro. Lá fora é outra história! O problema é que mesmo jogando quase sempre um excelente futebol, a equipa já teve dois ou três jogos em que não jogou tão bem ou cometeu erros clamorosos que, presumivelmente, lhe tirariam pontos (ex. Setúbal). Mas nestas circunstâncias é que se vê que alguém – ou muitos alguéns – não quer deixar cair o Benfica, acrescentando um factor externo que desvirtua a concorrência. O Porto jogou melhor do que o Braga (embora não tenha jogado bem) mas perdeu. Se não o tivessem deixado perder estaria um ou três pontos á frente. Frente ao Setúbal, aquele penalti inventado perto do fim, foi a vontade de não deixar cair a equipa que tão bem tem jogado este ano. E não foi o único caso. E começa a ser preocupante.
Em relação ao jogo com o Nacional, dizem os entendidos, que embora o penalti que deu o 3-1 ao Benfica tenha sido inexistente, a vitória por 6-1 retira pretensões a quem quer insistir neste penalti como factor decisivo. Ora se tomarmos, a título de exemplo, o jogo do Porto - Académica, vemos que até o Porto marcar o primeiro golo aos 60 e tal minutos, quase não existiram remates e que se afigurava credível, a quem quer que estivesse a assistir ao jogo, que este poderia terminar sem golos. No entanto, a partir do momento em que foi marcado o primeiro, foram marcados mais 4. O primeiro golo desbloqueou o impasse. No jogo da Luz foi a mesma coisa. Ao intervalo estava o Benfica a ganhar por 2-1 e o Nacional atacava e criava oportunidades claras. O jogo estava dividido e o resultado incerto. Quando é marcado o penalti destabilizou-se completamente o Nacional. Não só se marcou um 3-1 irregular que tornou a reviravolta muito mais difícil, como o sentimento de injustiça que acompanha estes lances também afectou a equipa prejudicada. Se juntarmos a isto a melhor qualidade atacante dos jogadores do Benfica e o “extra” motivacional do penalti convertido, estes soltaram-se, enquanto o Nacional se tolheu.
Estou preocupado com esta passadeira rolante que se move debaixo dos pés do Benfica esta época. Não é a primeira vez que o vemos e até já provamos os seus resultados, estes empurrões ao “campeão da transparência”. Para os que gostam de ver nas entrelinhas, não foi estranho ver o “Ferrari” no jogo do Braga a preparar o assalto ao primeiro lugar. O facto de o Benfica estar a jogar bem e recomendar-se – esta época – não significa que deva ser ajudado. Cada um deve bastar-se a si próprio, mas pelo que já se viu, na época passada, um árbitro que se meta com o Benfica fica na jarra e passa a apitar jogos das Distritais e afins.
Um amigo meu benfiquista, pessoa que – aparte o pendor clubista – é gente de bem e sensato, disse-me o seguinte quando partilhei com ele estas preocupações: “Olha meu caro, espero que ao chegar a Maio todos se queixem imenso dos penaltis e das ajudas. Eu quero lá saber, eu quero é ser campeão!” Humm! Devo estar preocupado?

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

As escutas e os apitos.



Foi decidido em última instância que as escutas telefónicas não poderiam ter sido usadas pela Liga de Clubes nos processos do “Apito Dourado”. Embora esta decisão seja respeitante ao presidente do Leiria, ela é válida para todos os casos similares, incluindo os que levaram á condenação de Pinto da Costa e do Boavista. Conforme se previa, vai começar agora a fase final que se inaugurou com as absolvições e arquivamentos dos julgamentos que o MP levou contra Pinto da Costa. A prazo vai traduzir-se num imbróglio difícil de resolver devido, principalmente, á descida do Boavista. Toda esta questão foi conduzida por um conjunto de pessoas identificado claramente com rivalidades clubistas e só parou quando chegou aos tribunais porque os juízes não podem julgar da mesma forma sob pena de serem penalizados nas suas carreiras. As decisões dos juízes dos tribunais são publicadas e a sua argumentação é conhecida do público. Se estas forem contra os factos ou contra a lei o nível seguinte invalida-a e o juiz tem uma classificação penalizadora. Está assim garantido que as decisões sejam mais conformes com a lei e os factos. Um juiz adepto do Benfica não condena Pinto da Costa só por ele ser líder do seu rival, ou por suposições ou acusações que não se apoiam em factos concretos. A Liga de Clubes sim! Não lhes acontece nada e os média do seu lado clubista apoiam-nos como se fossem os únicos a remar contra a maré. Uns heróis!
No que respeita aos adeptos dos clubes rivais, que se sentem traídos nas suas expectativas em relação a esta matéria, pois acalentaram sérias esperanças que Pinto da Costa fosse preso, o Porto rebaixado de divisão, o seu curriculum manchado, etc, sobram alguns argumentos – a que se agarram como lapas – e que quero tratar directamente neste artigo. A saber:

1º argumento: O facto é que as escutas existiram e que o facto de a justiça não deixar que elas sejam utilizadas não as erradica. Elas provam factos de corrupção.
Resposta: De todas as milhares de horas gravadas com os diversos arguidos, é claro que o MP escolheu aquelas que melhor serviam os seus interesse de acusação. Este facto é óbvio e de outra forma não se compreendia. Repetindo; de todas as gravações existentes, foram seleccionadas para dar apoio ás acusações todas aquelas que, na opinião do MP, mostravam indícios de corrupção. Este facto é importante pois apenas três acusações foram deduzidas. Todas as outras, de acordo com o MP, não mostravam quaisquer indícios de corrupção. Vamos lá então a ver quais as situações suspeitas suportadas pelas escutas:
No caso de Pinto da Costa foram três os casos escolhidos: o caso da “Fruta”, a recepção a um árbitro em casa e uma conversa com o presidente do Nacional em que Pinto da Costa disse ao seu homólogo que tendo ganho ao Benfica na jornada anterior lhe tinha feito um bom serviço pois agora recebia um Benfica mais fragilizado nesta jornada. Este caso é tão burlesco que foi logo abandonada, mesmo pelo próprio MP, que se terá dado conta do ridículo em que caia. O caso seguinte, o da “Fruta”, exigia muita interpretação ao leitor das escutas, pois nada é dito sobre compra de favores. Este caso foi a tribunal e também foi arrasado. O caso do árbitro em casa, em termos de escutas é ainda mais ridículo e por isso também sofreu igual destino. Mas não há duvida que um dirigente desportivo interagir com um árbitro é no mínimo irresponsável e por isso, receber um árbitro em casa é terrivelmente suspeito e poderá permanecer a sombra de uma dúvida sobre as razões de tal visita. Mas o que não se compreende é porque não se choca o mesmo “país” quando o director de futebol do Benfica (Veiga) almoça com elementos da equipa de arbitragem de um jogo decisivo e vergonhoso (Estoril - Benfica) e quando tal equipa favoreçeu seguidamente o Benfica. E porque é que quando instado a explicar o almoço, tanto o director do Benfica como o elemento da arbitragem tivessem afirmado que não tinham que dar explicações e que tal justificação tenha sido considerada suficiente pelos media. Num caso há uma visita mas não há acontecimentos de favorecimento posteriores. No segundo há a reunião e favorecimentos posteriores. E estes casos foram divulgados em lapsos de tempo coincidentes. Num caso há suspeição. No outro há factos. Mas pronto...!
E o facto é que apesar de o Benfica e Sporting não terem sido alvos de escutas – nem os seus dirigentes – existem dezenas de horas de gravações em que um ex-dirigente do Benfica conversa com dirigentes da Liga e Arbitragem sobre escolhas de árbitros para os jogos do Benfica. Amiúde desliga para conversar com o “Vieira” e nada mais se sabe porque o “Vieira” não estava a ser escutado. Depois volta e diz que o “Vieira” concorda ou não concorda e as coisas lá se fazem. Isto foi publicada nos jornais, mas não fizeram mossa nem ficaram na "lembrança" das pessoas. É inacreditável e pode ser confirmado por qualquer um. Estes casos, os mais explícitos das escutas, não provam nada, ao contrário dos outros onde se tem de recorrer á interpretação e imaginação e, ao que parece, provam tudo.

2º argumento: O Porto foi investigado e o Benfica e os outros não, o que mostra como o Porto deve ter, obviamente, feito algo de mal.
Resposta: O facto de só o Porto (dos três grandes) ter sido investigado é que deveria ser alvo de uma investigação. Toda a gente comparou o “Apito” ao processo de futebol que se passou em Itália. A diferença é que em Itália todos os clubes foram investigados e cinco dos maiores clubes foram castigados. Aqui, apenas um (dos grandes) foi investigado e nenhum dos outros o foi, o que mostra logo os declarados objectivos da investigação. Mas porque é que só o Porto foi investigado?
Durante seis anos passamos a ter uma equipa especial do MP dedicada a uma investigação específica. O único caso da nossa democracia em que tivemos outra foi para investigar as FP25. Só este caso mostra a paranóia e – mais assustador – o poder de quem decidiu avançar com isto. Os resultados foram nulos e neles foram gastos milhões de euros – que ainda continuam – em investigações á Hollywood. E ninguém teve que explicar porque é que foi gasto tanto dinheiro e recursos com uma investigação que não deu resultados. E se o facto de uma mulher repudiada ter “escrito” um livro que não escreveu, motivou o Procurador-Geral a andar com o livro debaixo do braço e ordenar a investigação, os documentos relativos ao “Apito Encarnado”, supostamente emanados da própria Judiciária, cheios de acusações especificas, não foram investigadas e foram considerados uma “invenção torpe”. Assim, sem mais nada! Infelizmente nem sequer existe o pudor de tentar esconder todas estas inclinações e pretensões, o que é explicado pelo facto de estes personagens saberem que têm o apoio de uma parte importante da “opinião pública”.

3º argumento: Toda a gente sabe de que forma o Porto e o Pinto da Costa dominaram o futebol português nas últimas três décadas. ..
Resposta: Na realidade, em Portugal, com o ambiente de suspeição e desculpabilização que existe, todos os adeptos sabem como os outros estão permanentemente a “roubar” e a dominar o sistema com a corrupção galopante dos árbitros e afins estruturas.
Se perguntar a alguém como foi o campeonato ganho pelo Benfica em 2004/5 todos os que não são benfiquistas vão afirmar que foi uma vergonha inominável, do princípio ao fim, e que os árbitros conduziram pomposamente o Benfica ao título numa passadeira vermelha. Se perguntar como foram os campeonatos do Sporting em 1999/2000 ou 2001/2002 os não sportinguistas falarão dos incessantes penaltis do Jardel no segundo e do Campo Maiorense do Bruno Paixão que roubou o Hexacampeonato ao Porto por apenas dois pontos. Se perguntar pelo campeonato ganho pelo Boavista, todos afirmarão que foi conquistado “á porrada” com a indecente conivência dos “tipos do apito”. Afinal quem é que ganhou bem? Claro que se perguntar pelos campeonatos ganhos pelo Porto, também nenhum foi ganho com justiça, bem pelo contrário. A diferença é que o Porto tem ganho muitos mais campeonatos e que os adeptos dos dois grandes concorrentes são mais do que os seus. Para além disso, eles constituem a maioria da população em Lisboa onde existe a concentração da maioria dos media portugueses. Por isso existe um estado de maior insatisfação e “conhecimento público” de factos graves que fizeram com que o Porto ganhasse.
Todos os adeptos, de todos os clubes, têm conhecimento de factos vergonhosos que provam que os adversários manipulam o sistema e compram árbitros, e por isso, ninguém ganha com justiça a não ser eles, e quando é sem justiça que ganham acaba por ser justo porque é uma apenas uma paga devido ao que já foi feito pelos outros.

Enfim! Um dia verá a luz do dia a verdade sobre este processo vergonhoso conduzido pelo presidente de um clube; com a colaboração de adeptos conhecidos desse mesmo clube; tendo por base uma “arrependida” mentirosa e intelectualmente incapaz de levar a cabo as mentiras que esses adeptos desse clube lhe pagaram para dizer e assim vingar-se do homem que lhe deu uma tampa; apoiados desavergonhadamente por um órgão de soberania que despendeu dinheiros públicos numa espécie de circo para gáudio popular; finalizado por uma liga de clubes e federação que levaram a cabo um processo ilegal (não sendo tribunais só podem elaborar processos disciplinares: não cumprindo as regras as suas decisões são nulas ou anuláveis) sem que ninguém – juristas incluídos – tivesse a coragem de denunciar esta situação; e finalmente, sustentados por uma multidão de adeptos que vendo a oportunidade de finalmente acabarem com o homem que tanto temem e com as vitórias que gera, entraram numa espécie de alucinação colectiva que se foi esvaindo até as decisões dos tribunais lhes mostrarem a loucura dos seus objectivos. A partir daí encerraram-se na “desculpa de que nada funciona neste país, muito menos a justiça”.
Tenho pena deles, mas mais pena de nós que temos que os aturar.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O ínicio!


Aqui estou eu, meses depois.
O inicio deste campeonato faz-me lembrar outros inícios. Não sei se o do ano passado, em que o Benfica começou cheio de força e atingiu o topo do campeonato, para depois o abandonar até ao fim, ou se o do campeonato de 2004/2005 (o chamado "campeonato da treta") em que aproveitando os estágios iniciais do "Apito" e da Santa Aliança entre o Benfica, a Procuradoria Geral da República e a Miss Salgado, se roubou à descarada e em pleno dia, um campeonato vergonhoso, que teve que ser ganho com mais um penalti inexistente pelo Sabrosa no Bessa.
Não sei exactamente qual dos dois este inicio me lembra, mas tenho medo que seja o segundo, embora me pareça que é o primeiro. Vamos a ver! Amigos meus, benfiquistas, dizem-me que não querem saber de histórias; o que querem é ganhar e mais nada. É este estado de espírito que temos visto em todos os jogos do Benfica.
De qualquer forma o clube lisboeta ainda tem que se travar de razões com o Braga, o Sporting e o Porto. O primeiro encontro em que não conseguiram recorrer a essa "motivação" que anda por aí - ás vezes vestida de laranja ou o proverbial preto - perdeu. Falamos da Europa.

E falando de Mundial, Portugal vai jogar o play-off contra a Bósnia e vai fazê-lo no inevitável Estádio da Luz. O Dragão também tinha concorrido mas perdeu mais uma vez e a Luz vai passar a ter quase o dobro das partidas com a Selecção, em relação ao Dragão. Parece que a Luz tem mais lugares. Mas assim, e uma vez que é o único estádio com tantos lugares, deveria ser sempre ali. E já agora com a lotação esgotada, porque senão a desculpa não pega. O Estádio do Algarve, que é a Luz B recebe os outros (porque é quentinho).
Continua tudo na mesma neste país em Lisboa plantado!