sábado, 30 de outubro de 2010

Vamos lá ao que interessa!

E o Porto acabou por vencer este "jogo", se é que se pode chamar "jogo" de futebol àquele choque de duas equipas no imenso charco do estádio do Académica.
Foi um espectáculo penoso de assistir e já se imaginava que venceria aquele que marcasse primeiro. Daí para a frente foi apenas o pontapé para a frente, porque o relvado não permitia mais.
De notar que neste Porto ainda existe um lado ingénuo que permite que os penaltis sejam marcados por uma quantidade de malta, independentemente da sua apetência para a especialidade. Devia ser o Hulk a marcar e mais nada, mas o certo é que ainda se pensa que os penaltis são "trigo limpo, farinha amparo" e portanto qualquer tipo que precise de marcar golos pode aproveitar a oportunidade e facturar. As coisas não são assim e o certo é que já falhamos dois penaltis (ou mais, ainda não fiz bem as contas.)
Agora vem aí o Benfica e penso que, embora qualquer um possa ganhar, o Porto parte em vantagem porque joga mais futebol "jogado". Vamos lá a ver se o futebol "não jogado" fica fora das quatro linhas. Se as coisas correrem normalmente o Porto vai ganhar. Espero que as coisas corram normalmente.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A criatividade da covardia.


Já se percebeu há algum tempo que o Benfica quer adiar o jogo com o Porto, numa altura em que este se encontra em forma e o Benfica nem por isso.
Para isso já afirmaram que não compareceriam no Dragão caso o seu autocarro fosse apedrejado, mas recuaram no silêncio do ridículo, porque todos perceberam que até adeptos benfiquistas poderiam atirar uma pedrita para que o jogo não se realizasse. Para além disso perderiam pontos e por isso a questão foi silenciada.
Agora aparece a "greve" dos árbitros no dia do Porto-Benfica. Nem sei o que dizer mais. Apenas esclarecerei em que condições em que se poderá realizar este clássico: "Luís Guilherme explicou que, no caso de não se apresentarem os árbitros nomeados para os jogos, aqueles "terão de ser encontrados na assistência e, de acordo com os dois delegados [ao jogo], serão escolhidos três [espectadores] para dirigir os encontros", sejam eles árbitros ou não."
Ora com o ambiente, que se conhece, entre os dois clubes, estamos mesmo a ver os dois delegados ao jogo (um de cada equipa) a concordar com três espectadores "anónimos" para dirigir o jogo. Parece, pois neste momento, que afinal o Benfica ainda pode levar a água a bom porto, continuando com as tácticas subterrâneas a que nos habituou nestes últimos anos.
Vamos a ver.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Com saúde e a recomendar-se.

O Porto continua com saúde e a recomendar-se. A data daquele desafio, que embora seja jogado na 10ª jornada já está a ser jogado pelo opositor desde a 4ª, aproxima-se a passos lentos e o Porto apenas perdeu 2 pontos no caminho. Espero que assim continue.
Dizem os especialistas que se o Porto conseguir ganhar ao Académica e ao Benfica o campeonato está entregue. Eu não consigo ver as coisas assim. Ainda me lembro de um campeonato, há uns poucos anos atrás, em que uma vantagem de oito pontos se perdeu em três jogos e tivemos que ganhar em Paços de Ferreira, na penúltima jornada, com um golo a uns minutos do fim, que nos deu a vantagem mínima para o ultimo jogo. Foi uma pressão que não precisávamos de ter sofrido e serviu-me de lição para os optimismos exagerados.

Gosto muito do Villas-Boas, embora pense que de vez em quando fala demais. Mas ele disse uma coisa, na conferência de imprensa do jogo com o Leiria, que me impressionou.
Afirmou ele que o seu sucesso se devia mais ao facto de estar num clube com os recursos, dimensão e jogadores do Porto, do que do seu mérito próprio. Que ele e a sua equipa técnica apenas afinavam e davam o toque pessoal à equipa, mas que era a estrutura que contava mais.
Nunca tinha ouvido um treinador dizer uma coisa destas, e que ainda por cima é verdade. Claro que é diferente ser treinador do Académica ou do Porto. Ou do Porto versus o Real Madrid. Impressionou-me a modéstia e honestidade que raramente se vê em profissionais como os treinadores de futebol.
No ano passado, nunca ouvi Jesus proferir um discurso deste género. Parecia que o facto de ele ter passado, subitamente, a ser treinador de um clube com a dimensão do Benfica, que investiu mais de 30 milhões em jogadores - para além da preciosa ajuda do Vítor Pereira e do Ricardo Costa - nada tinham a ver com o seu sucesso. Que os Di Maria, Ramirez, Saviolas e companhia, eram um palermas que sem a sua divina intervenção nada seriam, nada alcançariam. Escreveu (?) um livro, montou um espectáculo no banco de suplentes e deixou-se levar nos braços dos 6 (?) milhões.
Este ano está-se a ver. Há! Claro, já tinha esquecido. Foram os árbitros, claro!