sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Mudanças na secretaria.


Mal ficámos a saber a data em que o Benfica ia receber o Braga para a Taça de Portugal esta data foi imediatamente mudada por causa da cimeira da NATO. Então não se sabia da cimeira, lá para os lados da Federação? Já estamos todos fartos de saber que Lisboa vai estar a ferro e fogo e que o governo até vai decretar uma tolerância de ponto em plena crise. Só a Federação é que não sabia?
A mim cheira-me a mais umas manobras de bastidores. Ao Benfica vai servir de balão de oxigénio porque, agora, na fase em que se encontra, até era capaz de perder. Por outro lado também se pode preparar melhor para os jogos europeus. Já imaginaram o que seria o Benfica ser eliminado da Taça de Portugal nesta altura. O JJ era capaz de não resistir e ia abaixo o Carmo e a Trindade.
Quem pode, pode!

A inclinação clubística dos meios de comunicação.


Primeira asserção:
Vamos imaginar um jogo como aquele que se passou no Dragão no Domingo passado.
Para os portistas, aquilo que é natural, é comentar a vitória do seu clube, os golos obtidos, as mais belas jogadas, as escorregadelas dos defesas contrários, etc. Para os benfiquistas aquilo que é natural será comentar a derrota da sua equipa, as jogadas que não conseguiram concretizar, o que estava mal na táctica, etc. Caso aconteça o contrário, ou seja o Porto perder, também os portista terão tendência a carpir as mágoas da derrota e os benfiquistas a gozar a alegria da vitória.
Aquilo que acabei de afirmar é quase axiomático e próprio da natureza humana.

Segunda asserção:
Nos últimos dias, os média não se têm falado de mais nada do que da derrota do Benfica. Todos os dias se fala do que esteve mal na táctica, do fraco desempenho do David Luís, da "burrice" do Jorge Jesus, etc.

Agora analise-se as duas asserções conjuntamente.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A ostentação do nada.



O Benfica chegou ao Porto ostentando, mais uma vez, a indecorosa ligação que tem aos meios do poder em Portugal. Rodeado de medidas de segurança que ultrapassaram a da maioria dos chefes de estado que visitam o nosso país, o autocarro provocou alterações de transito na maior autoestrada portuguesa e na cidade a que se dirigia. O Porto viu avenidas e ruas fechadas para que uma mera equipa de futebol se dirigisse para um hotel.
Todos nós pagámos esta protecção inacreditável, que envolveu centenas de homens das forças de segurança e mesmo um helicóptero que vogava em cima do Dragão para detectar desacatos, tal como pagámos anteriormente estádios de futebol, equipas de investigação e Ministério Público, compra de dívidas por parte do estado, e outras mordomias que esse clube goza, diferentemente dos outros.
Foi também um insulto à cidade do Porto, porque fomos tratados como uma espécie de ninho de terroristas, com a nossa vida alterada, impedidos de ir por onde quiséssemos, e tudo por causa de uma equipa de futebol, torno a dizer. Como se não existisse sempre alguma violência - muita da qual por culpa de declarações incendiárias de dirigentes - sempre que alguma equipa grande visita a outra. Como se no ano passado não nos tivessem incendiado uma camioneta em Lisboa, apedrejado carros de portistas que tiveram que ir ao Jamor ou tentado agredir o presidente do Porto em Lisboa. Vidros partidos, então, já fazem parte dos custos de deslocação. Acabar com a violência, sim, mas não fingir que ela só existe para um dos lados.

A resposta foi à altura no único terreno legitimo para uma equipa de futebol: no estádio. E para quem nos acusa de sermos violentos, ontem foi uma autentica chapada de mão aberta.



Notas diversas:

a) Desde a TSF á SIC, ouvi ontem imensos apelos dos comentadores para que o Porto saiba ganhar, porque é tão importante saber ganhar como perder. Embora concorde completamente, não me lembro é de ouvir, alguma vez, semelhantes apelos depois de o Benfica ganhar.
b) Estou curioso para ver qual o nível de segurança que vamos ter quando nos deslocarmos ao estádio da Luz.
c) Sempre quero ver o que é que o Vítor Pereira vai dizer na Terça-Feira.



segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A imprensa desportiva em Portugal e os seus interesses.


Existem três jornais desportivos diários. Dois em Lisboa e um no Porto. Os dois de Lisboa raramente colocam o Porto na capa (excepto quando perde). Isto aconteceu mesmo numa meia final da Liga dos Campeões. O do Porto coloca aquele que jogou no dia anterior.
Para quem ainda tem "dúvidas" e se refugia no argumento de que são os interesses comerciais que ditam as leis, aqui vão os jornais dos últimos três dias. O grandes jogaram sozinhos, cada um no seu dia. Reparem no dia em que o Porto jogou, apesar de não ter concorrência de nenhum outro jogo grande para a capa, apareceu relegado para uma pequena caixa em dois deles, deixando os que iam jogar no dia seguinte ou um passeio ao mercado, como principais notícias.
Prefiro, apesar de tudo, aqueles que se calam, aceitando as evidências, do que os pobres de espírito que continuam a afirmar que as coisas não são o que são.


Dia 30 de Outubro. O dia seguinte do jogo do Benfica. Os três jornais colocam o jogo do Benfica em destaque.


Dia 31 de Outubro. O dia seguinte do jogo do Porto. Apenas um jornal coloca o jogo do Porto em destaque.



Dia 1 de Novembro. O dia seguinte do jogo do Sporting. Os três jornais colocam o jogo do Sporting em destaque.