quarta-feira, 8 de julho de 2009


Já me tinha eu queixado da saída do Lucho quando sou “surpreendido” pela saída do Lisandro. Já não digo mais nada! Arre!
Claro que, já mais calmo e pensante, não posso deixar de admitir que as saídas são também devidas à vontade dos jogadores em irem ganhar mais dinheiro, não apenas devido à sede de lucro da equipa e dos empresários. No Porto cresceram e ganharam visibilidade mas este clube não pode oferecer mais do que isso (o que já não é pouco). Neste momento o FCP é o melhor clube do mundo em termos de rentabilização dos investimentos em jogadores. Deste clube saem todos os anos atletas para integrarem algumas das melhores equipas do mundo. Claro que também existem os “flops”, mas quem não os tem? Mas em termos de salários, o Porto tem um limite que deixa de ser suficiente após o jogador ter atingido um determinado nível.
Aquilo que eu lamento é que fiquemos sem uma das melhores parelhas que eu vi jogar em Portugal. A nós, deixam-nos saudades! Aos adversários, a sua saída foi, provavelmente, o melhor "reforço" para os seus planeis. Eficientes, cheios de raça e concretizadores como ninguém, eram também uns desportistas exemplares, sem polémicas ou incentivos incendiários (ie. como o Moutinho). Apenas Lisandro viu o seu “curriculum” manchado porque uns palermas decidiram fazer o favor ao Benfica e dar-lhe a desculpa que este precisava para justificar um mau resultado no Dragão. Benfica este que protagonizou os melhores momentos de mergulho para a piscina e ginástica acrobática deste campeonato e que nunca viu os seus jogares castigados por este motivo. Enfim, outros campeonatos…
Por último, penso que é uma pena que jogadores que integraram uma equipa durante anos e que caíram no goto dos adeptos, saiam assim, sem direito a uma verdadeira despedida no Estádio ou outro sítio qualquer. É uma lacuna do futebol! De repente, depois de anos de presença assíduo, os melhores jogares simplesmente desaparecem! Vemos nos jornais o seu destino e ultimas palavras e segue a vida como se nunca tivessem existido.
O futebol é feito de afectos e eles também existem nas despedidas!
Mário Borges, 8 de Julho de 2oo9

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