Desde há muito, que esta questão da final da Taça de Portugal, ter que se realizar sempre no Jamor faz correr muita tinta.
Quando um dos finalistas é um dos "dois grandes" de Lisboa, as queixas estão relacionadas com o facto de estes jogarem em casa perante o adversário, constituindo uma subversão das leis da competitividade. A excepção é o caso de os dois finalistas serem os "dois grandes" de Lisboa entre si, ou com uma equipa da zona (ex. Setúbal).
Quando as duas equipas são de longe, e da mesma região, como foi este ano, as queixas prendem-se com o facto de milhares de pessoas terem que se deslocar a Lisboa, gastando imenso dinheiro e risco na estrada, para ver um espectáculo que podia ser num dos outros estádios do EURO2004.
Mas a federação todos os anos faz que não ouve e obriga a que a Final se realize num estádio, onde a EUFA e a FIFA não permitem jogos por falta de condições.
Só que este ano, no programa "Trio de Ataque", um dos comentadores, Rui Oliveira e Costa, individuo que costuma gostar de ser objectivo, recorrendo amiúde às estatísticas e outros dados inquestionáveis, embrulhou os pés pelas mãos, acabou por ceder perante a estupidez dos seus próprios argumentos e não teve outra solução senão deixar escapar- FINALMENTE - a razão de fundo que faz com que os nossos concorrentes apoiem este disparate: "Se o Pinto da Costa quer isso, então nós não queremos! Pronto!"
Tenho que confessar que achei esta confissão chocante! O sorriso que o homem não conseguiu deixar de ostentar; a consciência de que a razão que apresentava era estúpida, mas mesmo assim apresentá-la; o ressentimento pelas vitórias no desportivas; e finalmente, e mais importante, a mais elementar falta de respeito pelos adeptos.
Note-se que nenhum deles dos aderentes desta teoria, pensa nos milhares de pessoas que têm que se deslocar a Lisboa. Ou então pensam, mas se o fazem, é com uma absoluta falta de respeito. Pensam apenas em Pinto da Costa e que se saiba, ele até pode viajar de avião e fica, de certeza, na tribuna presidencial. Bastava ser este um ano de crise, para que este argumento vingasse. Duas equipas que jogam a alguns quilómetros da outra, deslocaram-se à capital, ignorando-se os novíssimos estádios de Braga, Coimbra, Guimarães, Leiria e Aveiro, dois dos quais ao abandono.
O próprio Oliveira e Costa acaba por enumerar alguns dos problemas daquele estádio. São eles duas casas de banho para aquela gente toda, falta de protecção para a chuva ou sol, uma entrada onde se afunila a multidão, a distância (ex. este ano) da origem geográfica dos contentores, etc.
Mas pelo menos, desta vez, tive o prazer de ver, escarrachada, na televisão e em horário nobre, a verdadeira razão, pela qual este circo se arrasta ano após ano. A razão que já conhecemos há muito tempo, mas que os detractores nunca assumem. Geralmente preferem apontar a contestação como "provincianismo", ou uma provocação de Pinto da Costa.
"Esta guerra o Pinto da Costa não ganha, e ponto final!"
Não interessa se tem razão ou não. Não interessa que os afectados sejam os adeptos.
É nisto que dá misturar a razão com a emoção!
Quando um dos finalistas é um dos "dois grandes" de Lisboa, as queixas estão relacionadas com o facto de estes jogarem em casa perante o adversário, constituindo uma subversão das leis da competitividade. A excepção é o caso de os dois finalistas serem os "dois grandes" de Lisboa entre si, ou com uma equipa da zona (ex. Setúbal).
Quando as duas equipas são de longe, e da mesma região, como foi este ano, as queixas prendem-se com o facto de milhares de pessoas terem que se deslocar a Lisboa, gastando imenso dinheiro e risco na estrada, para ver um espectáculo que podia ser num dos outros estádios do EURO2004.
Mas a federação todos os anos faz que não ouve e obriga a que a Final se realize num estádio, onde a EUFA e a FIFA não permitem jogos por falta de condições.
Só que este ano, no programa "Trio de Ataque", um dos comentadores, Rui Oliveira e Costa, individuo que costuma gostar de ser objectivo, recorrendo amiúde às estatísticas e outros dados inquestionáveis, embrulhou os pés pelas mãos, acabou por ceder perante a estupidez dos seus próprios argumentos e não teve outra solução senão deixar escapar- FINALMENTE - a razão de fundo que faz com que os nossos concorrentes apoiem este disparate: "Se o Pinto da Costa quer isso, então nós não queremos! Pronto!"
Tenho que confessar que achei esta confissão chocante! O sorriso que o homem não conseguiu deixar de ostentar; a consciência de que a razão que apresentava era estúpida, mas mesmo assim apresentá-la; o ressentimento pelas vitórias no desportivas; e finalmente, e mais importante, a mais elementar falta de respeito pelos adeptos.
Note-se que nenhum deles dos aderentes desta teoria, pensa nos milhares de pessoas que têm que se deslocar a Lisboa. Ou então pensam, mas se o fazem, é com uma absoluta falta de respeito. Pensam apenas em Pinto da Costa e que se saiba, ele até pode viajar de avião e fica, de certeza, na tribuna presidencial. Bastava ser este um ano de crise, para que este argumento vingasse. Duas equipas que jogam a alguns quilómetros da outra, deslocaram-se à capital, ignorando-se os novíssimos estádios de Braga, Coimbra, Guimarães, Leiria e Aveiro, dois dos quais ao abandono.
O próprio Oliveira e Costa acaba por enumerar alguns dos problemas daquele estádio. São eles duas casas de banho para aquela gente toda, falta de protecção para a chuva ou sol, uma entrada onde se afunila a multidão, a distância (ex. este ano) da origem geográfica dos contentores, etc.
Mas pelo menos, desta vez, tive o prazer de ver, escarrachada, na televisão e em horário nobre, a verdadeira razão, pela qual este circo se arrasta ano após ano. A razão que já conhecemos há muito tempo, mas que os detractores nunca assumem. Geralmente preferem apontar a contestação como "provincianismo", ou uma provocação de Pinto da Costa.
"Esta guerra o Pinto da Costa não ganha, e ponto final!"
Não interessa se tem razão ou não. Não interessa que os afectados sejam os adeptos.
É nisto que dá misturar a razão com a emoção!
P.S. Enquanto vê o vídeo, observe a qualidade dialéctica dos argumentos de Oliveira e Costa.
Mário Borges, 2 de Junho de 2009
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